quinta-feira, 1 de julho de 2010

BUDISMO


O Budismo é uma filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo. É uma prática, devotada a condicionar a mente inserida em seu cotidiano, de maneira a levá-la à paz, serenidade, alegria, sabedoria e liberdade perfeitas. Por ser uma maneira de viver que extrai os mais altos benefícios da vida, é freqüentemente chamado de "Budismo Humanista". A religião budista tem aproximadamente 2.500 anos. O budismo tem por objetivo trabalhar o espiritual do homem, pois um espírito sadio significa um corpo saudável.
Siddhart Gautama, o Buda, nasceu no século VI a.C., em Kapilavastu, norte da Índia, que hoje corresponde ao Nepal. Ele era um príncipe, logo após seu nascimento seus pais o levaram ao templo para ser apresentado aos sacerdotes, surgiu um senhor sábio que havia dedicado sua vida toda à meditação longe da cidade, esse tomou o menino em suas mãos e profetizou; "este menino será grande entre os grandes. Será um poderoso rei ou um mestre espiritual que ajudará a humanidade a se libertar de seus sofrimentos". Após essa profecia os pais de Siddhart resolvem criar o filho super protegido para que esse não optasse por estudos filosóficos como foi profetizado, aos dezesseis anos ele se casou com sua bela prima Yasodhara, desse relacionamento nasceu seu único filho, Rahula. Porém, sempre se mostrou curioso com a vida fora dos portões do palácio, por fim, em um belo dia decidiu descobrir o que havia do outro lado. Siddhart se chocou com a realidade de seu povo, aos 29 anos decidiu buscar uma solução para aquilo que afligia seu coração: o sofrimento humano abriu mão de sua família e foi em busca de uma resposta. Foi nesse caminho que ele se tornou Buda, “o iluminado”.
Fundou a doutrina budista, cujo principal conceito é de que as respostas do homem se encontram em seu interior.
Buda morreu em Kusinara, no bosque de Mallas na Índia, seu corpo foi cremado no sétimo dia e suas cinzas dadas as pessoas cujas terras ele vivera e morrera.
O Termo "Buda" é um título, não um nome próprio. Significa “aquele que sabe”, ou “aquele que despertou”, e se aplica a alguém que atingiu um superior nível de entendimento e a plenitude da condição humana. Foi aplicado, e ainda o é, a várias pessoas excepcionais que atingiram tal grau de elevação moral e espiritual que se transformaram em mestres de sabedoria no oriente, onde se seguem os preceitos budistas.
A modernidade está envolta em tecnologia, racionalismo e materialismo. Como se soubesse deste perigo, Buda deixou ensinamentos e métodos de prática que proporcionam a felicidade, mesmo em circunstâncias adversas à iluminação. Estes ensinamentos estão nos capítulos de 15 a 22 do Sutra Lótus que falam da fé e de compaixão como práticas fundamentais.
A própria Flor de Lótus é um símbolo disso. Ela desabrocha em mangues e nem por isso a flor se macula com as impurezas do local. O mundo impuro seria este em que vivemos, tomados pelos três venenos, e a Flor de Lótus é a prática transformadora na fé e na compaixão, em sintonia com Buda. Assim essa flor jamais se manchará. É importante salientar que esta flor possui a característica de desabrochar junto com a semente do próximo fruto.Desta forma, podemos concluir que o Buda, como uma mera imagem, não é alvo de veneração, assim como ele próprio ressaltou. A grande contribuição do Budismo para o mundo neste novo milênio é a concepção não fragmentada de ser humano, que prioriza o "Ser" independente da sua imperfeição e que têm como meta: "orar pela harmonia do universo, através da prática das virtudes, do aprimoramento espiritual e da solidariedade dos seres". Buda deixou oitenta e quatro mil ensinamentos, mas segundo ele mesmo falou, a essência da doutrina está no ensinamento do Sutra Lótus. Este texto começa dizendo: "As portas da iluminação se abrirão para todos, indiscriminadamente, com uma única condição: a fé e a compaixão" fé como sentimento que nos une através da essência, e compaixão como atividade que nos une através da prática.
Portanto, a religião budista não é meramente filosofia ou um exercício como algumas vezes é interpretada, mas sim algo que parte da experiência religiosa e atinge a prática, na vida de qualquer um.
O mundo continuará a se transformar, porém, as pessoas também precisarão da transformação no universo do espírito com uma conseqüente prática transformadora. Isto não significa tornar-se um super-homem, mas num verdadeiro homem de fé e de compaixão, que desempenha, com afinco, suas atividades neste único e real momento.
Uma pessoa é uma combinação de matéria e mente. O corpo pode ser encarado como uma combinação de quatro componentes: terra, água, calor e ar; a mente é a combinação de sensação, percepção, idéia e consciência. O corpo físico — na verdade, toda a matéria na natureza – está sujeito ao ciclo de formação, duração, deterioração e cessação.
A morte é meramente a separação de corpo e "consciência". A "consciência" continua, sem nascimento ou morte, e busca "abrigo" em um novo corpo. Se entendermos isso, não há razão para lamentações. Ao contrário, deveríamos ajudar os que estão à beira da morte a ter um nascimento positivo, ou, simbolicamente, mudar de casa.

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